terça-feira, 30 de setembro de 2014

Engordei, mãe! Quando engordar se torna positivo na vida de um pré-adolescente.

Vou contar para vocês que alimentação aqui em casa sempre foi fator de preocupação e atenção. Desde minha gestação do primogênito, já busquei acompanhamento com médico nutrólogo para que meu bebê tivesse um desenvolvimento bem sucedido. Apesar de meu biotipo longilíneo, não queria correr o risco de engordar sem saúde e com isso vir a trazer efeitos nocivos para meu pequeno moleque em formação.

Assim, mudei hábitos e aprendi a cuidar da minha alimentação de forma que o aumento de peso acontecia em razão da gravidez e não por tendências gulosas. Claro que em muitos momentos eu dava uma transgredida na dieta e afundava a boca em doces e besteirinhas, mas felizmente eram surtos esporádicos...

Depois do nascimento dele, segui me cuidando mas daí o contexto era outro. Em razão da amamentação, eu cuidava também tudo o que ingeria. Sorte que nasci com superpoderes e não tive que fazer uso de nenhuma medicação ao longo de meus processos gestacionais e de nutriz.

Mas o primeiro impasse foi na mudança de alimentação do guri. Enquanto a sopinha alimentava nas refeições principais, era tudo maravilha. Depois que foi realizada a transição para a alimentação sólida, o bicho começou a pegar... Quem disse que o moleque gostava? E a minha angústia em ver que independentemente da variação do cardápio, ele realmente não simpatizava com os pratinhos que lhe eram oferecidos. Portanto apenas restou que eu complementasse a dieta dele com mamadeiras (em bicos de treinamento, ok?!). Era tranquilo para ele ser alimentado enquanto dormia. No leite eu acrescentava farinhas e elementos que eu julgava darem "sustância"... Desta forma ele não precisava mastigar, estava acostumado com o sabor, era realmente um processo mais simplificado e no qual também fui me acomodando.

Ao completar um ano e meio, busquei uma nutricionista. Queria ideias de cardápio, de alimentos que revertessem este quadro de apetite seletivo. Ela na ocasião não agregou muita informação exceto a de têm dias que criança comem bem e em outros podem chegar a comer quase nada, e nem por isso significa que estejam doentes...  

Com o passar dos anos, fui me acostumando com as afirmações do pediatra, que o acompanha desde bebê, de que o peso dele aumentava na linha média e a altura estava sempre um ou dois pontos acima da média. E deixei que ele seguisse magro e alto, sem a questão de engordar ou comer mais. Sinceramente, deixei como estava.

Aconteceu então que o cara cresceu muito! Me assustei com a quantidade visível de ossinhos e pouca massa muscular para cobrir aquele corpo! Era então tempo de mais uma vez, buscar orientação complementar. Lá fomos nós! 

Em março deste ano, conhecemos a Simone Maia, nutricionista que mudou nossa vida! Ela não mexeu radicalmente no cardápio, mas trouxe vários elementos que tornaram saborosos alimentos simples do dia-a-dia. Por exemplo, gosto muito de fazer Arroz de Carreteiro, o pessoal do sul sabe bem como é. Mas saibam que se trata de um arroz com carne  (ou charque), cebolinha refogada, simples assim. Então, ele passou a ser produzido com cenourinha bem picadinha, miudinha mesmo. O sabor fica muito suave e as crianças todas, o trio mesmo, gostaram e acabaram ganhando mais nutrientes em um prato que já lhes era adorado.

O lanche da escola, no período anterior à dieta, consistia em batatas de pacote, achocolatado em caixinha, refrigerante, biscoitos recheados e bolos também recheados industrializados de pacote. Tudo isso foi alterado! Foi inserido mais vezes o achocolatado, retirados os produtos industrializados, acrescentados bebidas à base de soja e mais alimentos caseiros como bolos e pãozinho com algum queijinho cremoso destes de caixinha. Vou contar para vocês que o guri engordou bem, em seis meses! Foi um aumento de três quilos e meio, para um aumento de sete centímetros na altura. Lembram do que falei sobre gráfico de crescimento, ali acima? Pois é! Assim sendo, houve felicidade geral tanto para a nossa profissional que em várias vezes afirmou das dificuldades em se fazer pessoas que não têm hábitos saudáveis de alimentação, de ganhar peso como para nós, família, que juntos também fomos nos reeducando.

Quero dizer que vale a pena tanto o investimento financeiro quanto o emocional na causa! É preciso muita força de vontade das pessoas todas envolvidas, pois seja quem cozinha come quem come, ambos devem estar conectados no mesmo objetivo: saúde. 

É realmente importante estar-se disposto a adaptar uma nova rotina alimentar. Encurtar intervalos entre as refeições, variar o cardápio, oferecer novos sabores e manter um espírito de atingir objetivos. Mas também, predomina o bom senso! A nutri ressalta que todo o exagero faz mal: seja para comer, seja para não comer, seja por predileções, seja por exclusões. Desta forma, não impeço o guri de saborear guloseimas nem refrigerante - aliás com este temos um trato. Caso ele queira beber um copo de refrigerante, deve antes beber a mesma quantidade de água. Qual a razão disso? Também perder o interesse em apenas usar o refrigerante para saciar a sede.

E aquilo que tínhamos como meta, que era obter dois quilos até o final de 2014, atingimos na consulta de setembro. Agora ampliamos a meta, ele foi desafiado a aumentar mais dois quilos até o final deste ano. Estamos realizados, confiantes e o mais bacana de tudo é o reconhecimento do carinha para com o trabalho da nutri: "ela fez vocês me darem mais comida!". Então tá, a gente vai seguir exatamente o que nossa querida Simone orienta e todos nós da família sairemos vencedores para nossa educação alimentar!

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